“SER OU NÃO SER?” ESTUDO TEÓRICO SOBRE TRADE-OFFS EM SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
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Resumen
Cada vez mais estudos e pesquisas buscam não somente entender o conceito do chamado desenvolvimento sustentável, como também compreender como esse se integra no ambiente organizacional. Sustentabilidade Organizacional (SO) é um termo ambíguo, já que existe um debate considerável no que diz respeito a diversidade de características das organizações, evidenciando-se a necessidade de se explorar o tema. Utne (2008, p. 2) define que “sustentabilidade organizacional pode ser caracterizada por três pilares: ecológico, social e econômico” e autores como Hahn et al. (2010) defendem que de acordo com uma relação “ganha-ganha”, contribuições corporativas para o desenvolvimento sustentável são alcançadas apenas na intersecção dos três princípios de integridade ambiental, equidade social e prosperidade econômica. No entanto, esse trabalho abarca a ideia, explicitada pelo próprio Hahn et al. (2010), que embora existam evidências crescentes de que situações vantajosas podem existir sob certas condições, muitos autores alertam que a suposição de que estes três princípios correlacionam-se em harmonia é bastante simplista, dada a natureza complexa e multifacetada do desenvolvimento sustentável. Nesse espaço conceitual, da desarmonia que pode vir a acontecer entre os pilares da SO, assim como a própria dinâmica da sustentabilidade organizacional, insere-se o conceito dos trade-off em Sustentabilidade Organizacional. O conceito de trade-off, oriundo da economia, tem figurado a algum tempo nos estudos organizacionais, no entanto, ainda é um tema pouco falado nos estudos voltados à sustentabilidade. Esse trabalho busca apresentar, a partir de uma discussão teórica, que o tema trade-off está intimamente relacionado ao estudo da Sustentabilidade Organizacional. Pode-se concluir que o conceito de trade-off se faz presente na literatura sobre Sustentabilidade Organizacional, pois as relações conceituais estudadas apresentam que os trade-offs podem ser observado no processos de decisões sobre sustentabilidade (pilar econômico, social e ambiental), nas opções dos investidores, assim como nos diferentes níveis e dimensões organizacionais.
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