ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO E BARREIRAS DE ACESSIBILIDADE NUMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA COM SERVIDOR PCD USUÁRIO DE MULETAS

Resumo

Objetivo: O presente estudo buscou investigar as barreiras ergonômicas e de acessibilidade enfrentadas por um servidor público com deficiência (PcD), usuário de muletas, e propõe recomendações para melhorar suas condições de trabalho.

Método: Foi utilizado um roteiro de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) para estudar as condições de trabalho de um servidor público em uma universidade localizada em Santa Catarina. O sujeito do estudo é um servidor do sexo masculino, de meia-idade, com atrofia congênita dos membros inferiores e usuário de muletas. Para a coleta de dados, foram aplicados questionários, tiradas fotos, realizadas entrevistas, medições e levantamento das barreiras físicas. Posteriormente, este material foi analisado, resultando em um prognóstico e sugestões ergonômicas. Resultados: O servidor com deficiência foi admitido no serviço público para exercer funções administrativas em uma instituição pública de ensino. Contudo, enfrenta dificuldades de mobilidade devido às características arquitetônicas do local, que não oferecem condições adequadas para o pleno exercício de seu trabalho. Embora haja um elevador acessível para cadeirantes, o trabalhador prefere usar as escadas com o auxílio de muletas. Mesmo com leis brasileiras claras quanto às adaptações físicas para pessoas com deficiência, a instituição enfrenta desafios burocráticos na implementação dessas medidas. Do ponto de vista ergonômico, várias modificações são necessárias e aplicáveis para atender às necessidades de mobilidade do servidor analisado neste estudo. Conclusão: A acessibilidade não é apenas uma necessidade, mas um direito fundamental para pessoas com deficiência. Os resultados deste estudo revelam problemas significativos de acessibilidade dentro de uma instituição pública, questões que interessam a toda a sociedade. Este trabalho oferece insights práticos sobre como uma instituição pública pode melhorar as condições de trabalho para funcionários com deficiência e destaca as possíveis consequências legais da falta de implementação dessas melhorias, além de evidenciar como a ergonomia pode ser ferramenta na busca de acessibilidade ao evidenciar barreiras e propor soluções.