DESIGN PARA A NEURODIVERSIDADE: DIRETRIZES BASEADAS EM ABA PARA A CRIAÇÃO DE PRODUTOS INCLUSIVOS DESTINADOS A AUTISTAS

Conteúdo do artigo principal

Annibal Gouvêa Franco
Melissa Marcílio Batista
Ana Clara Loureiro Rabelo

Resumo

O presente artigo aborda o Design para a Neurodiversidade como uma abordagem inovadora para criar produtos inclusivos destinados a indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fundamentado na Análise Comportamental Aplicada (ABA), o estudo propõe diretrizes projetuais que integram aspectos sensoriais, ergonômicos e cognitivos, visando promover acessibilidade, autonomia e bem-estar. A pesquisa identifica a ausência de normas técnicas globais específicas, como uma ISO voltada ao TEA, e, por meio de uma revisão bibliográfica interdisciplinar, reúne contribuições do design inclusivo, da ciência comportamental e dos estudos sobre neurodiversidade. O trabalho reafirma o papel do design como uma ferramenta transformadora para inclusão e respeito à diversidade humana.

Detalhes do artigo

Como Citar
FRANCO, A. G.; BATISTA, M. M.; RABELO, A. C. L. . DESIGN PARA A NEURODIVERSIDADE: DIRETRIZES BASEADAS EM ABA PARA A CRIAÇÃO DE PRODUTOS INCLUSIVOS DESTINADOS A AUTISTAS. Revista Eletrônica Multidisciplinar de Investigação Científica, Brasil, v. 4, n. 20, 2025. DOI: 10.56166/remici.v4n20111125. Disponível em: https://remici.com.br/index.php/revista/article/view/594. Acesso em: 1 abr. 2025.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Annibal Gouvêa Franco, UEMG

Annibal Gouvêa Franco é Mestre em Design, Inovação e Sustentabilidade pela UEMG, com formação em Design de Produto, Artes Visuais, Educação Especial e Pedagogia, atualmente cursando Ciências Sociais. Sua atuação concentra-se em pesquisas interdisciplinares que abrangem Arte, Cultura, Design, Educação, ESG, Inclusão, Inovação, Materiais, Neurociências, Neurodiversidade, Psicologia e Sustentabilidade. Além disso, leciona Artes na Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). Inspirado por seu MBA em ESG e Inovação, cunhou a expressão "Slogans Verdes e Comportamentos Cinzentos", uma crítica às práticas corporativas superficiais de sustentabilidade. Foi pioneiro ao abordar a interseção específica entre ESG e Veganismo, destacando-se também no mestrado ao caracterizar física e quimicamente o papelão ondulado como material para o design de mobiliário ecológico.

Melissa Marcílio Batista, UNISANTA

Melissa Marcílio Batista possui graduação em Processos Gerenciais pela Universidade Santa Cecília (2023), MBA Executivo em Processos Gerenciais (2024) e MBA em ESG e Inovação (2024) pela Faculdade Iguaçu. Com experiência profissional na área de Administração/Gestão e Legalização de Empresas, tem se destacado em pesquisas e especializações voltadas para a gestão e sustentabilidade. Inspirada por seu MBA em ESG e Inovação, cunhou a expressão Slogans Verdes e Comportamentos Cinzentos, refletindo sua visão analítica e crítica que contribui para o entendimento das políticas de sustentabilidade e da governança corporativa, promovendo uma maior transparência e ética nas operações empresariais.

Ana Clara Loureiro Rabelo, Uece

Aluna do curso de graduação em Terapia Ocupacional na Universidade Estadual do Ceará. Dentro dos seus campos de interesse em pesquisa, integra a inclusão e a neurodiversidade.

Referências

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