AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS CÁPSULAS DE PIROXICAM ELABORADOS POR DIFERENTES SETORES DE PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS

Conteúdo do artigo principal

Simone Madalena Schaurich
Liana Johann
Juliana Assmann
Luísa Scheer Ely Martines
Marinês Pérsigo Morais Rigo

Resumo

A indústria farmacêutica é caracterizada como um estabelecimento responsável pela pesquisa, desenvolvimento,
produção e comercialização de medicamentos; sendo estes medicamentos de referência, genéricos e similares. Já
a farmácia de manipulação é responsável por manipular fórmulas oficinais que atende a uma prescrição, onde
está estabelecida a sua composição, forma farmacêutica e posologia. Visando garantir a qualidade do produto,
ambas devem seguir as normas descritas nas Resolução da Diretoria Colegiada 301/2019 e a Resolução da
Diretoria Colegiada 67/2007, bem como as Boas Práticas de Fabricação (BPF) de medicamentos que se aplica
para a indústria e as Boas Práticas de Manipulação (BPM) que se aplica para as farmácias magistrais. Sendo
assim, o objetivo da pesquisa é analisar a qualidade das cápsulas de piroxicam 20 mg genéricas, similares e
manipuladas oriundas das farmácias comerciais e de manipulação do município de Lajeado-RS. A análise de
controle de qualidade aplicada foram peso médio, desintegração e características organolépticas seguindo
métodos descritos na Farmacopéia Brasileira, comparando também com o medicamento de referência. Nota-se
que os resultados obtidos foram satisfatórios em relação aos parâmetros definidos pela Farmacopéia, sinalizando
que os medicamentos genéricos e similares seguem as BPF. Ao compararmos esses resultados com o
medicamento padrão nota-se que há diferenças. Essas diferenças impactam na biodisponibilidade do fármaco,
consequentemente na intercambialidade entre eles. Os resultados encontrados para medicamento manipulado
também estão em conformidade, porém nem todas as farmácias seguem corretamente as BPM visto que há
falhas relacionadas ao acondicionamento e rotulagem.

Detalhes do artigo

Como Citar
SCHAURICH, S. M.; JOHANN, L.; ASSMANN, J.; MARTINES, L. S. E.; RIGO, M. P. M. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS CÁPSULAS DE PIROXICAM ELABORADOS POR DIFERENTES SETORES DE PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS. Revista Eletrônica Multidisciplinar de Investigação Científica, Brasil, v. 2, n. 5, 2023. DOI: 10.56166/remici.2023.7.v2n5.3.44. Disponível em: https://remici.com.br/index.php/revista/article/view/143. Acesso em: 6 jul. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ANVISA. Resolução - RDC n° 33, de 19 de abril de 2000. Regulamento Técnico que Institui as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília - DF, 19 de abr. 2000. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0033_19_04_2000.html>. Acessado em: Jun, 2022.

ANVISA. Resolução - RDC n° 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília - DF, 8 de out. 2007. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html>. Acessado em: Jun, 2022.

ANVISA. Resolução - RDC n° 71, de 22 de dezembro de 2009. Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília - DF, 22 de dez. 2009. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/res0071_22_12_2009.html>. Acessado em: Jun, 2022.

ANVISA. Resolução - RDC n° 60, de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre os critérios para a concessão renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília - DF, 10 de out. 2014. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0060_10_10_2014.pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conceitos e definições- 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/perguntasfrequentes/medicamentos/conceitos-e-definicoes>. Acessado em: Jun, 2022.

BONFILIO, R. et al. Farmácia Magistral: sua importância e seu perfil de qualidade. Revista Baiana de Saúde Pública. Salvador – BA. Vol. 34, n° 3, p. 653-664. Jul/Set.2010. Disponível em: <https://doi.org/10.22278/2318-2660.2010.v34.n3.a63>. Acessado em: Jun, 2022.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopéia Brasileira, 5° edição. Vol.1. Brasília - DF: ANVISA, 2010. Disponível em: <http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33832/260079/5%C2%AA+edi%C3%A7%C3%A3o+-+Volume+1/4c530f86-fe83-4c4a-b907-6a96b5c2d2fc>. Acessado em: Jun, 2022.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopéia Brasileira, 6° edição. Vol.2. Insumos farmacêuticos e especialidades. Brasília - DF: ANVISA, 2010. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/insumos-farmaceuticos-e-especialidades-com-capa.pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira 2° Edição-Revisão 02. Brasília- DF: ANVISA, 2012. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-nacional/arquivos/8065json-file-1>. Acessado em: Jun, 2022.

CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO RIO GRANDE DO SUL. Orientação Técnica: Esclareça suas dúvidas sobre a intercambialidade de medicamentos realizada pelo farmacêutico na farmácia. 2019. Disponível em: < https://www.crfrs.org.br/noticias/ot-informa-esclareca-suas-duvidas-sobre-a-intercambialidade-de-medicamentos-realizada-pelo-farmaceutico-na-farmacia>. Acessado em: Jun, 2022.

DIAS, I. L. T.; ALMEIDA, R. L. B.; CARRIEIRO, E. F. Avaliação da qualidade de cápsulas de amoxicilina produzidas em farmácias magistrais. REVISTA ELETRÔNICA DE FARMÁCIA. Goiania - GO. Vol. VIII (4), N° 27 - 40, 2011. Disponível em: <https://doi.org/10.5216/ref.v8i4.16617>. Acessado em: Jun, 2022.

FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Biosimilar and interchangeable products. 2015. Disponível em: < https://www.fda.gov/files/about%20fda/published/Biosimilar-and-Interchangeable-Products--The-U.S.-FDA-Perspective.pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

FERREIRA, N. E. C.; SOARES, T. F.; CARDOSO, T. P. A. Avaliação da qualidade de cápsulas de cloridrato de amitriptilina de farmácias magistrais. REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL-FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE. Pernambuco - PE. 2020. Disponível em: < https://tcc.fps.edu.br/bitstream/fpsrepo/824/1/AVALIA%c3%87%c3%83O%20DA%20QUALIDADE%20DE%20C%c3%81PSULAS%20DE%20CLORIDRATO%20DE%20AMITRIPTILINA%20DE%20FARM%c3%81CIAS%20MAGISTRAIS.pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

JAMOVI. The jamovi project- computer software. Versão 2.2- 2021. Disponível em: < https://www.jamovi.org/download.html >. Acessado em: Jun, 2022.

LISBOA, E. S. et al. Análise comparativa de cápsulas de sibutramina adquirida no mercado formal e informal. LATIN AMERICAN JOURNAL OF PHARMACY. Canoas – RS. Vol. 28 (6): 932-5. 2009. Disponível em: < http://www.latamjpharm.org/trabajos/28/6/LAJOP_28_6_2_5_XH5TY394Z8.pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

NISHIJIMA, M.; BIASOTO J. G.; LAGROTERIA, E. A competição no mercado farmacêutico brasileiro após uma década de medicamentos genéricos: uma análise de rivalidade. ECONOMIA E SOCIEDADE, Campinas - SP. V.23, n1 (50), p. 155- 186, abr.2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ecos/a/fhsXTbxqg3XxvHgnJ4cq8JQ/?format=pdf>. Acessado em: Jun, 2022.

PAULO, G. D. et al. Estudo comparativo de cápsulas contendo amoxicilina obtidas de algumas farmácias magistrais. REVISTA UNIARA. Araraquara – SP. vol. 14, n.2. Dezembro 2011. Disponível em: < https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2011.v14i2.111 >. Acessado em: Jun, 2022.

ROCHA, T. G.; GALENDE, S. B. A importância do controle de qualidade na indústria farmacêutica. Revista Uningá. Maringá – PR. Vol.20, n°2, pág. 97-103.Out/Dez 2014. Disponível em: < https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/1593. Acessado em: Jun, 2022.

RUMEL, D.; NISHIOKA, S. A.; SANTOS, A. A. M. Intercambialidade de medicamentos: abordagem clínica e o ponto de vista do consumidor. Rev. Saúde Pública. Brasília - DF. Vol 40, ed 5, 921-7, 2006. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000600024>. Acessado em: Jun, 2022.

VILARINHO, A. C. S. G. et al. Análise comparativa do maleato de enalapril 5mg: referência versus genérico, similar e magistral. BOLETIM INFORMATIVO GEUM. Recife – PE. Vol. 5, n°2, pág. 118-123. Abril/Jun.2014. Disponível em: < https://revistas.ufpi.br/index.php/geum/article/viewFile/2342/2032>. Acessado em: Jun, 2022.