ATRIBUTOS QUÍMICOS E CARBONO ORGÂNICO DO SOLO EM CAFEZAIS E DIFERENTES USOS DA TERRA NA REGIÃO MOGIANA DE SÃO PAULO

Resumo

A cafeicultura brasileira desempenha um papel fundamental no agronegócio. O Brasil é o maior produtor, exportador e consumidor mundial. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar os componentes da acidez do solo (pH, Al, (H + Al) e m %), nutrientes (P e K disponíveis, Ca e Mg trocáveis), indicadores de fertilidade (SB, T, t e V %) e teores de carbono orgânico do solo (COS), em áreas de cafezal e outros usos da terra (pastagem e mata nativa) na região Mogiana do estado de São Paulo. A área do estudo está localizada no município de São José do Rio Pardo, SP. O delineamento experimental foi realizado em blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 x 2, com quatro usos da terra (cafeeiro na posição linha de plantio, cafeeiro na posição entrelinha, pastagem e área de vegetação nativa) e duas profundidades de amostragem (0-20 cm e 20-40 cm), com quatro repetições. Para avaliar os resultados, o solo sob vegetação nativa foi considerado como controle.  Foram avaliados a composição granulométrica do solo, acidez do solo e seus indicadores (pH, H+Al, Al, m%), nutrientes do solo (K, Ca, Mg e P), e parâmetros de fertilidade do solo (SB, T, t e V %) e os teores de COS. A textura do solo foi classificada como média em todas as áreas e profundidades analisadas, o que possibilitou a comparação entre os diferentes usos da terra. A vegetação nativa apresentou os melhores indicadores de fertilidade do solo, com altos teores de nutrientes, COS e parâmetros como soma de bases e capacidade de troca catiônica, enquanto as áreas de uso agrícola e pastagem apresentam limitações nutricionais e menor acúmulo de carbono, especialmente na camada superficial (0-20 cm). O cafeeiro, devido à elevada exportação de nutrientes e práticas de manejo inconvenientes, apresentou menor fertilidade, sobretudo na entrelinha. Esses resultados reforçam a necessidade de práticas de manejo sustentável, como adubação orgânica, cobertura do solo e planejamento para preservar a saúde do solo, aumentar a eficiência no acúmulo de carbono e garantir a sustentabilidade produtiva a longo prazo, por meio da construção da fertilidade do solo.