O PAPEL DA REPOSIÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL EM PACIENTES APÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX

Resumo

A obesidade é uma doença prevalente com etiologia multifatorial e complexa, sendo um fator de risco para dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, alguns tipos de câncer além de trazer prejuízos diretos. Também associada diretamente a alteração da microbiota intestinal, reduzindo a diversidade microbiana e proporcionando continuidade da própria obesidade. Este estudo tem como objetivo demonstrar e analisar como a suplementação ou reposição via oral por intermédio de probióticos no pós-operatório do bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) pode trazer melhora. Trata-se de uma revisão de literatura que consiste em copilar o conhecimento científico já produzido sobre “O papel da reposição da microbiota intestinal em pacientes após cirurgia de bypass gástrico em Y de Roux,” possibilitando uma compreensão abrangente do problema estudado. A seleção dos descritores empregados na busca foi feita considerando-se a variedade de termos como sinônimos no contexto brasileiro. Foram utilizados os termos: “obesidade, cirurgia bariátrica e microbiota intestinal. E o termo em inglês, “gastric bypass ou “Roux-en-Y gastric bypass, gut microbiota.” Os resultados demonstram que a perda de peso através de BGYR seria uma estratégia para melhorar a saúde do paciente. Essa cirurgia parece aumentar a microbiota intestinal e esse aumento demonstra-se benéfico na perda de peso e na redução de efeitos colaterais do próprio procedimento. Porém alguns estudos demonstram que esta alteração é perene e que provavelmente seria necessário a suplementação oral através de probióticos, cerca de um ano. Observa-se que a reposição de probióticos via oral pós BGYR parece ser importante, já que poderia ocorrer mudança temporária benéfica da microbiota intestinal nos pacientes em pós-operatório, o que poderia aumentar a perda de peso e reduzir sintomas de efeitos colaterais. Portanto, a reposição poderia ajudar a manter a simbiose, sendo necessários mais estudos, pois a flora intestinal é individual e única, não se tendo um protocolo específico de reposição com esses probióticos.